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Quanto custa um advogado trabalhista?
Faixa de preços
R$ 400
-
R$ 900
Preço médio a nível nacional
Esses preços são indicativos e não levam em conta as mudanças periódicas do mercado. Por esse motivo, aconselhamos, sempre, a solicitar orçamentos a fim de obter preços personalizados.
Nem sempre um contrato de trabalho é firmado com tranquilidade. Com isso, muitos trabalhadores acabam tendo problemas, principalmente na hora de finalizar o vínculo. O número de ações trabalhistas no Brasil bateu recorde em 2024, com mais de 4 milhões de processos, um crescimento de 16,1% em relação a 2023. Em 2025, de janeiro a abril, já foram protocoladas mais de 1,2 milhão de ações, alta de 6,38% em relação ao mesmo período de 2024 (TST, 2024).
Se este é o seu caso e você está pensando em contratar um profissional para te auxiliar, uma das providencias que deve tomar é saber quanto custa um advogado trabalhista.
E para obter esse tipo de informação, é preciso que você entenda como esse tipo de serviço é cobrado.
Continue sua leitura e conheça alguns fatores que deve levar em consideração na hora de contratar um advogado trabalhista.
Tenha em conta
Para atuar como advogado trabalhista no Brasil, é preciso ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), possuir registro ativo na organização e ter concluído o curso de Direito em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação. Além disso, é fundamental estar atualizado sobre a legislação trabalhista, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as jurisprudências dos tribunais. Embora não seja um requisito legal, a especialização em Direito do Trabalho através de cursos de pós-graduação ou MBA é altamente recomendada para aprofundar os conhecimentos.
Pedido de homologação judicial de demissão de estável e de transação com opção pelo FGTS
R$ 2.800 e R$ 2.900
Representação em uma ação coletiva de uma empresa
R$ 5.800 e R$ 6.100
Indenização por acidente de trabalho
R$ 3.500 e R$ 3.700
Advogados que trabalham com risco
20% e 30%
Advogados que cobram entrada + porcentagem
R$ 400 e R$ 800 + porcentagem 15% - 25%
"A Justiça do Trabalho recebeu mais de 4 milhões de processos, o maior volume em 15 anos. Desse total, 3,6 milhões foram novas ações –um crescimento de 16,1% em relação a 2023." (Poder360, 2025)
Fatores que deve considerar
Para saber quanto custa um advogado trabalhista, você precisa entender os fatores que podem ser levados em consideração na cobrança desse tipo de serviço. Entre os principais estão:
Tabela por Estado
A primeira coisa que você precisa ter em mente é que os serviços de advocacia possuem uma tabela de preços emitida pela Ordem dos Advogados do Brasil de cada Estado.
Essa é uma tabela que serve de base para todos os profissionais saberem a média de valores cobrados na Região. Claro que não são todos os especialistas nessa área que seguem ela, uma vez que os valores podem mudar com o tamanho da ação.
Contudo, consultar essa tabela já ajuda a ter uma base sobre o preço cobrado por determinados serviços.
Por exemplo, um Pedido de homologação judicial de demissão de estável e de transação com opção pelo FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) custa em média R$ 2.977,13, e tem uma porcentagem de 20% sobre a ação.
Agora, a representação em uma ação coletiva de uma empresa de até 100 empregados custa em média R$ 5.954,25. Uma ação de indenização por acidente de trabalho, por sua, vez, terá uma porcentagem de 20% a 30% sobre o valor econômico da questão, além da cobrança de R$ 3.695,01 de honorários.
Todos esses valores são da “TABELA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS” da OAB SP. Ou seja, em outros Estados brasileiros esses valores podem mudar.
Advogados que trabalham com risco
Um segundo fator que você precisa entender para saber quanto custa um advogado trabalhista, é se ele atua com risco. O que isso quer dizer?
Basicamente esse tipo de profissional não cobra nenhum valor de entrada ou mensalmente enquanto o processo transita. Mas, quando o acordo for feito pela justiça, é cobrado um percentual em cima do valor determinado pela justiça.
Geralmente essa porcentagem varia entre 20% e 30%. Vamos supor, por exemplo, que o advogado cobra 30% e que a sua ação ganha rendeu R$ 3.000.
Isso quer dizer que o advogado vai cobrar R$ 900 pelo serviço.
Normalmente, especialistas que cobram honorários dessa forma são iniciantes, ou trabalham exclusivamente com o ramo trabalhista.
O bom desse tipo de cobrança é que o trabalhador não precisa tirar nenhum dinheiro do bolso de imediato. Apenas quando ele receber é que ele terá que dar parte do acordo para o advogado.
Essa é uma excelente alternativa para quem não tem muito conhecimento sobre o assunto, mas sabe que tem direito a receber alguma coisa da justiça.
Advogados que cobram entrada + porcentagem
Outro fator que você também deve levar em consideração para saber quanto custa um advogado trabalhista, são os advogados que cobram uma entrada + uma porcentagem depois que o valor da ação sair.
Na maioria das vezes, o valor cobrado por esses profissionais varia entre R$ 400 e R$ 800 de entrada. E a porcentagem também varia entre 20% e 30%.
Essa é uma média de porcentagem padronizada. Tanto que ela também está nas tabelas estaduais da OAB.
Então vamos supor que o seu advogado queira cobrar R$ 450 de entrada, mais 20% da ação, que saiu por R$ 5 mil.
Ou seja, além dos R$ 450 de entrada, você também terá que dar R$ 1.000 do acordo para o advogado.
Geralmente, os advogados que fazem esse tipo de cobrança têm mais experiência no ramo. Logo, as chances de ter uma causa ganha são maiores, mas é preciso ter em mente que você precisará desembolsar valores
Agora que você já sabe quanto custa um advogado trabalhista, nós vamos dar algumas dicas de como escolher um profissional para se responsabilizar pela sua causa.
Verifique se ele tem o registro na OAB e todas as autorizações necessárias
Quem deseja mover uma ação trabalhista, geralmente está ansioso pois sabe que a orientação profissional vai fazer toda a diferença. Contudo, para não correr o risco de acabar contratando alguém que nem poderia estar advogando, sempre verifique se o profissional tem o registro na OAB, no conselho do estado e todas as autorizações para atuar.
Esse é um detalhe importante que faz toda a diferença no trâmite. Advogar sem a OAB é ilegal, e o cliente pode acabar perdendo dinheiro se contratar um especialista sem esse registro.
Índice de causas ganhas
Mais uma das dicas para contratar um advogado trabalhista é avaliar o índice de causas ganhas do profissional.
Geralmente, profissionais mais experientes têm um alto nível de ações ganhas na justiça. Isso acontece porque, como eles dominam o assunto e sabem como funciona o sistema, as chances dele conseguir que a sua ação tenha um resultado positivo são maiores.
Normalmente os advogados com mais experiência cobram uma porcentagem maior pelo serviço prestado em relação a outros advogados, especialmente os que estão em início de carreira.
Nesse caso, é preciso avaliar o custo-benefício e ver se a ação ganha compensará o investimento.
Converse com o advogado pessoalmente antes da contratação
Na grande maioria das vezes, os advogados trabalhistas só pegam causas que eles têm certeza de sucesso. Isso porque, a maioria trabalha em risco, que como nós explicamos, é quando o profissional só recebe quando o acordo é feito pela justiça.
Logo, converse pessoalmente com o advogado antes da contratação. Avalie os dois aspectos anteriores, e também verifique se a sua causa pode ter sucesso.
Dessa forma, será mais fácil e tranquilo iniciar a sua ação trabalhista.
Sabendo quanto custa um advogado trabalhista, e como escolher o melhor profissional, será mais simples contratar esse tipo de especialista. Importante, antes de contratar um advogado, peça a elaboração de um contrato de prestação de serviços;
Perguntas frequentes sobre advogado trabalhista
É preciso de um advogado para entrar com uma ação na Justiça do Trabalho?
Não, a Justiça do Trabalho permite o Jus Postulandi, que é o direito do trabalhador e do empregador de ingressar com uma ação e defendê-la pessoalmente, sem a necessidade de um advogado.
No entanto, o advogado é indispensável em casos mais complexos, como para entrar com um recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST) ou para ações rescisórias.
A contratação de um profissional especializado é sempre recomendada, pois o direito do trabalho é complexo e um advogado pode garantir que todos os direitos sejam plenamente defendidos.
O que são honorários de sucumbência e como a Reforma Trabalhista (2017) os alterou?
Os honorários de sucumbência são a remuneração devida pela parte que perde a causa ao advogado da parte vencedora.
Antes da Reforma Trabalhista de 2017, o trabalhador que perdia uma ação não precisava pagar honorários de sucumbência.
A reforma alterou essa regra, permitindo que a cobrança fosse feita também do trabalhador, embora haja ressalvas e discussões sobre a justiça gratuita.
Essa mudança foi um dos fatores que inicialmente reduziu o número de ações trabalhistas, que só voltou a crescer após recentes decisões do TST.
O que é "pejotização" e como a Justiça do Trabalho tem agido sobre isso?
Pejotização é a contratação de um profissional como pessoa jurídica (PJ) para realizar uma atividade que tem as características de um vínculo empregatício formal (subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade).
A Justiça do Trabalho tem visto um aumento expressivo de 57% em 2024 nas ações que pedem o reconhecimento de vínculo empregatício em casos de pejotização.
Essa prática é considerada uma fraude à legislação trabalhista e o profissional que comprovar a relação de emprego tem seus direitos garantidos (FGTS, férias, 13º, etc.).
Quais são os principais fatores que influenciam o custo de um advogado trabalhista no Brasil?
O custo de um advogado trabalhista é influenciado por:
• OAB do estado: As tabelas de honorários da OAB variam significativamente entre os estados.
• Tipo de serviço: Uma consulta avulsa é mais barata que uma ação judicial.
• Complexidade da causa: Casos com muitos pedidos ou envolvendo assédio moral e reconhecimento de vínculo são mais caros.
• Experiência e especialização: Advogados experientes e especializados podem cobrar mais, mas aumentam as chances de êxito.
• Modalidade de honorários: Geralmente há um valor fixo inicial e um percentual (20% a 30%) sobre a condenação.
• Duração do processo: Processos mais longos podem gerar custos adicionais.
Como a Justiça do Trabalho tem se tornado mais ágil e acessível no Brasil?
A Justiça do Trabalho tem se empenhado em se tornar mais ágil e acessível, com um aumento de 57% no número de processos julgados em 2024 em comparação com os últimos cinco anos.
Além disso, foram implementadas medidas para ampliar o acesso à justiça gratuita para trabalhadores de baixa renda, permitindo ajuizar ações sem custas processuais em caso de derrota.
O tempo médio de tramitação caiu 27 dias em 2024, e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem se esforçado para agilizar ainda mais os julgamentos.
Isabella é Content Manager na Cronoshare. É formada em Jornalismo pela FAPCOM e pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Universidade Internacional de Valencia, na Espanha. Além de experiência na área, conta com diversos cursos na área de Conteúdo, Marketing e Hospitalidade.
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